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É sabido que o desportos motorizados acarretam alguns perigos intrínsecos à natureza dos mesmos e é com isso em mente que ao longo dos tempos os “máquinas”, equipamentos e regulamentos têm vindo a sofrer alterações em prol da segurança. E é com essa mesma segurança em mente que irão ser introduzidas, já no Rali da Finlândia, as chicanes virtuais. Mas afinal o que são essas chicanes? No fundo as chicanes virtuais não são mais que uma “zona de velocidade máxima definida” e serão introduzidas apenas em zonas potencialmente perigosas como por exemplo povoações ou locais perigosos em termos de segurança. Funcionarão um pouco à semelhança do que se passa na Fórmula 1 com o limite de velocidade adotado para a zona das boxes, onde os carros não podem exceder uma determinada velocidade assim que passam a linha de entrada e até cruzarem a linha de saída. Ao nível dos ralis será exatamente a mesma coisa, quando chegam ao início da chicane virtual, os carros têm que travar como se estivesse ali um obstáculo e percorrer a toda a distância definida para a chicane virtual à velocidade máxima definida. Quando essa termina, voltam a poder acelerar. Parece estranho? Em parte sim, mas tal como noutras situações ao nível dos desportos motorizados e também nas nossas vidas pessoais, primeiro estranha-se e depois entranha-se. Ou seja, para os pilotos e em especial para os espetadores (potencialmente os principais críticos da medida) será uma questão de habituação. Será a verdade desportiva posta em causa, com a introdução das chicanes virtuais? Não, na medida em que todos os pilotos estarão sujeitos a cumprir com as limitações impostas por esta nova medida, ficando assim em pé de igualdade, não havendo prejudicados ou beneficiados.
Voltando ao Rali da Finlândia onde serão já adoptadas estas chicanes, a organização da prova vai definir o limite de velocidade, seja 60 km/h, 70 km/h, num troço de 200 metros e dessa forma será escusado colocar fardos de palha ou outras obstáculos, que na maioria das vezes acabam por voar pelo ar. Em teoria a medida tem tudo para funcionar, na prática também, mas fica sempre um ponto de interrogação, ainda que ligeiro, referente à vertente “espetáculo”. Contudo, se a introdução das chines virtuais contribuir para a diminuição de incidentes e acidentes – que nunca poderão ser totalmente erradicados do desporto, seja ele qual for – e atenuar potenciais problemas de segurança, contribuindo assim para as equipas, pilotos e espetadores sentirem-se mais seguros nos troços, então nunca poderá ser considerado algo de mau.
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