A temporada 2024/2025 da Fórmula E iniciou-se no passado domingo na cidade de São Paulo. O E-Prix de São Paulo foi uma primeira corrida algo caótica em que aconteceu um pouco de tudo. Logo na largada, o procedimento foi interrompido, houve vários Safety Cars, duas bandeiras vermelhas e um carro capotado. Foi sem dúvida uma tarde de muito trabalho para os comissários e de bastante stress para os pilotos. Mas, no final, venceu Mitch Evans foi o vencedor da corrida, mesmo tendo largado da última posição, mas beneficiou do caos que se instalou. O português António Félix da Costa foi o segundo classificado, tendo estado muito tempo na luta pela vitória. Félix da Costa começou bem a temporada e ganhou bastante vantagem ao colega de equipa, que captou já perto do fim da corrida. Taylor Barnard, jovem piloto da McLaren, terminou na terceira posição, numa corrida que teve um total de oito abandonos.
Os problemas começaram logo no arranque com a largada a ser abortada, devido ao Envision de Robin Frijns se encontrar em apuros ainda antes do arranque. Foi necessário remover o carro de Frijns da grelha, com o carro a desligar-se. No arranque da corrida, Rowland passou para a frente, seguido de Wehrlein, Gunther Dennis e Félix da Costa. António Félix da Costa era o piloto mais ao ataque nesta primeira fase, quase conseguindo chegar ao terceiro posto no começo da segunda volta. A luta pelo quarto lugar ficou ao rubro, com Jean-Éric Vergne a pressionar Félix da Costa, na volta 2, a mesma volta em que foi acionado o Safety Car devido ao incidente entre Jakes Hughes e Nico Muller.
No recomeço da corrida, na volta seis, as posições na frente não se alteraram, e logo cinco piloto quiseram ativar o Attack Mode. Entretanto, as lutas na frente aqueciam, com Cassidy a subir ao primeiro lugar (vindo do sexto), com o Attack Mode (AM) ativado, seguido de Rowland, Gunther e Félix da Costa.
A meio da corrida, a ordem era Rowland, Cassidy, Dennis, Evans, Buemi, Vergne, Maloney, De Vries, Gunther, Wehrlein e Felix da Costa. Pascal Wehrlein e Felix da Costa voltaram a passar pelo Attack Mode, tentando recuperar posições. Num espaço de poucas curvas, o alemão da Porsche regressou ao primeiro lugar, com Félix da Costa em segundo. A luta entre os colegas de equipa aqueceu com o português a atacar Wehrlein. Ainda com AM, Félix da Costa passou para a frente da corrida, já com Rowland no seu encalço. Nesta fase, Dennis aparecia parado em pista, o que provocou bandeiras vermelhas, com o carro a ter problemas no sistema elétrico. Apenas os dois Jaguar tinham AM para usar, o que num pelotão compacto poderia ser uma vantagem. Quando foi dada ordem para recomeçar a corrida, esta recomeçou com os pilotos pela ordem da volta anterior ao Safety Car, pelo que era Félix da Costa na frente do pelotão no recomeço da prova, com largada estacionária.
Rowland largou bem e ganhou o lugar a Félix da Costa, que caiu para terceiro, com Günther a subir ao segundo posto. Os pilotos que ainda não tinham completado as duas passagens pelo AM começaram a fazê-lo e a face da corrida poderia mudar muito. Rowland, que liderava, foi penalizado com um Drive Through por exceder a potência permitida, com os Jaguares agora no segundo e terceiro lugar, fruto da sorte da corrida e boa estratégia, podendo usar o AM a seu favor.
Evans, que largou de último, passou por Cassidy, com Félix da Costa em terceiro, numa altura em que foram adicionadas quatro voltas pelo tempo sob Safety Car. O piloto português colocou-se ao ataque e subiu ao segundo lugar, indo ao encalço de Evans. Na volta 30, ocorreu mais um acidente, com um carro a ficar capotado, que levou a mostragem de bandeiras vermelhas. Numa luta mais acesa, aconteceram vários toques, um dos quais envolveu Cassidy e Wehrlein, que ficou com o carro virado.
A ordem desta largada seria a da volta anterior, como era expectável. Evans era o líder, seguido de Félix da Costa e Taylor Barnard. Não houve largada estacionária, pelo que foi Evans a ditar o ritmo no recomeço. Evans começou bem, mas António Félix da Costa atacou cedo, contudo o neozelandês defendeu-se dos ataques do piloto português da Porsche.
À entrada para a última volta, Evans e Félix da Costa tinham apenas 2% de bateria, o que seria muito difícil de gerir até ao fim. Evans conseguiu e manteve a liderança, vencendo vindo do último lugar. Félix da Costa conseguiu o segundo lugar e Barnard ficou com o terceiro lugar, numa abordagem demasiado conservadora, com energia suficiente para atacar os homens da frente. Sam Bird foi o quarto e Edo Mortara completou o top 5.
A segunda corrida da temporada acontece a 11 de Janeiro, na Cidade do México.
Classificação no E-Prix de São Paulo (TOP 5):
1. Mitch Evans NZL Jaguar TCS Racing 45:14:758
2. A. Félix da Costa POR TAG Heuer Porsche + 0:00:384
3. Taylor Barnard GBR Neom McLaren + 0:00:844
4. Sam Bird GBR Neom McLaren + 0:01:158
5. Edoardo Mortara SWI Mahindra Racing + 0:01:800
Classificação Campeonato de Pilotos (TOP 5):
1. Mitch Evans NZL Jaguar TCS Racing 25 pts
2. A. Félix da Costa POR TAG Heuer Porsche 19 pts
3. Taylor Barnard GBR Neom McLaren 15 pts
4. Sam Bird GBR Neom McLaren 12 pts
5. Edoardo Mortara SWI Mahindra Racing 10 pts
A tua fonte confiável para as últimas notícias e tendências no mundo dos automóveis.