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No WRC (Campeonato do Mundo de Rali), os carros da categoria máxima – os Rally 1 – vão deixar de ter já em 2025 os sistemas híbridos que são atualmente utilizados. A mudança foi aprovada com o objetivo de melhorar a acessibilidade, economia e o desempenho dos carros, preservando ao mesmo tempo, o seu apelo para os fãs. Com esta alteração, o foco passará a ser os combustíveis 100% sustentáveis.
Desafios na reparação das unidades híbridas fornecidas pela Compact Dynamics, cujo acordo é válido até 2026, motivaram parcialmente esta mudança nos regulamentos técnicos do WRC. Com esta alteração, os Rally1 passam a pesar 1180 kg, em vez dos atuais 1260 kg. Também o tamanho do restritor de ar será ajustado de 36 mm para 35 mm de forma a manter uma relação peso-potência equivalente à dos modelos anteriores (380 CV). Estes carros mais leves e mais eficientes farão a sua estreia no Rallye Monte-Carlo de 2025, que irá para a estrada em Janeiro.
Os responsáveis da FIA, incluindo o seu Presidente Mohammed Ben Sulayem, sublinharam que a mudança apoia a contenção de custos e está alinhada com os objetivos de sustentabilidade, que passam pela utilização contínua de combustível 100% sustentável. Para além da redução de custos, também haverá uma redução da complexidade dos sistemas de propulsão sem comprometer o apelo do desporto, tal como foi demonstrado pelo desempenho competitivo de Mārtiņš Sesks num carro não híbrido no início deste ano.
Segundo o Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem: “O rico património e o apelo único deste desporto, que me é tão caro, são inestimáveis e estamos empenhados em salvaguardar o seu futuro. Este desenvolvimento é importante não só para que as partes interessadas do campeonato se adaptem à evolução do panorama energético, mas também para conter os custos. Ao concentrarmo-nos no combustível sustentável e na simplificação da tecnologia dos veículos, estamos a garantir que o WRC continua a ser cativante para os fãs e viável para os concorrentes.”
As palavras de Ben Sulayem são complementadas pelas declarações do Diretor Técnico e de Segurança da FIA, Xavier Mestelan-Pinon, que afirmou: “Após um diálogo alargado com as principais partes interessadas, tornou-se claro que continuar a utilizar as unidades híbridas plug-in fornecidas ao abrigo do atual acordo com o fornecedor já não era do interesse do Campeonato do Mundo de Ralis da FIA (WRC). Podemos agora avançar com toda a confiança para que o WRC se torne ainda melhor e mais forte, com desenvolvimentos que estão em linha com a perspetiva de trabalho para os regulamentos técnicos de 2027. Mais uma vez, destacámos a capacidade do campeonato de se adaptar sem diluir o espetáculo desportivo, ao mesmo tempo que abraça de forma responsável os desafios dos nossos tempos. Estamos igualmente satisfeitos pelo facto de a utilização de combustível 100% sustentável continuar a ser uma pedra angular do compromisso do campeonato em reduzir o seu impacto ambiental.”
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